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Mostrando postagens de agosto, 2020

MUITO PRAZER

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Sempre tive interesse em saber sobre temas que implicam no íntimo das pessoas, sentimentos sempre foram temas relevantes nas minhas descobertas. Por muito tempo experimentei na teoria, e só na teoria, o gosto do prazer. A gente as vezes tem uma ideia muito superficial sobre o que é prazeroso e confundimos com o que é aproveitar o tempo. Devo esclarecer que as duas coisas podem sim andar de mãos dadas, mas que não são a mesma coisa. O prazer para nós mulheres chega de um jeito muito estranho, fazer do nosso tempo livre algo por nós é de fato prazeroso, embora nossa construção social nos conduza a sempre está preenchendo esse tempo com afazeres dedicados a proposta de agradar aos outros. A mulher “deve” tornar o seu prazer agradável aos que se lhe cercam. Nessa perspectiva temos um montão de mulheres que não se conhecem, que se cercam de futilidades e desconhecem de verdade o prazer. Certa vez conheci uma mulher que vivia todas as regras sociais imposta, boa mãe, esposa, cuidava mu

MULHERES REAIS

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Houve um tempo em que uma mulher pensar em sexo era feio, falar então ... um absurdo. Pois o prazer estava destinado apenas ao sexo masculino. Essa é até hoje uma das lutas feminista mais importante que se tem notícia, pois o domínio do próprio corpo, assim como o desejo foram pontos cruciais nessa formação de novas mulheres. Desde do inicio do mundo, a partir das histórias de que a mulher foi criada como parte de um homem, que se fez a ideia da limitação e submissão do feminino, ao homem foi lhes dado a altivez do dominante e a mulher a condição de dominada. Essa forma de entender os gêneros, construídas e desenvolvidas para serem continuadas culturalmente por quase todas as civilizações a quem se tem conhecimento, trouxe a nós mulheres muitas correntes que nos aprisionam até hoje, especialmente ao contexto da sexualidade, da escolha, da liberdade sexual. O fato de termos como representação feminina a figura da mulher que foi criada para a procriação, sem opção para tal; a compa

O AMOR VALE A PENA

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            Li esses dias que o isolamento social tem feito muitos casais decidirem por se separar. De fato, a condição de convivência antes acordada ao pouco tempo de convívio, nos trouxe agora nessa nova ordem organizacional um modelo difícil de nos relacionarmos com os outros e com nós mesmos. De certa forma estamos nos permitindo, mesmo que sem querer, nos apropriarmos do nosso autoconhecimento; tarefa difícil, dolorosa e necessária. O isolamento social, nos apresentou pessoas na profundidade daquilo que só conhecíamos superficialmente, mesmo partilhando dessa vivência por longos anos. As mascaras da nossa real intimidade nunca estiveram tão expostas. Medos, ansiedades, carências, abstinências, dificuldades, responsabilidades domesticas, laser, intimidade total. (Precisamos de tempo para isso tudo). Acontece que não estamos preparados para sermos segregados de nossa liberdade. Em situações normais, irritar-se, fecham-se as portas, fica-se emburrado, mas no dia seguinte, você

PALAVRAS BEM/DITAS

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          Ouço sempre por aí o quanto é difícil adentrar corações, o quanto as relações hoje estão cada vez mais fragilizadas, superficiais; mas tenho um conceito diferente sobre assunto. A modernidade une algumas coisas e distância tantas outras, temos a sensação de que estamos sempre conectados uns aos outros, através de mensagens rápidas, sentimentos compartilhados, ideias e respostas parecidas; dessa forma ocupar um coração não é tarefa lá tão difícil, difícil é sustentar-se ali dentro, construir vínculos, alicerçar com respeito e afeto essa correlação que deve existir entre duas pessoas. Pagar o preço dessa estadia, sim é complicado. Ao mesmo tempo que a modernidade nos dá a ideia de interação, ela também segreda, sobretudo aqueles que constantemente fazem parte da nossa vivência. Arrisco dizer, que nossos laços afetivos “raízes” foram os mais prejudicados.           Outro dia li um post de uma amiga, onde ela usava aquela ferramenta como divã para quem sabe, aliviar a dor q

RESPOSTAS

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          Estamos vivendo uma nova ordem de relações, dentre elas as construídas a partir de nós mesmos. Talvez nunca tenha sido tão importante ter a fé solidificada como agora. Nossas relações espirituais tomaram proporções medicamentosas no que diz respeito a nossa paz interior e a saúde mental. É preciso está atento aos sinais de desgaste emocional que a pressão de agora nos impõe.   Nossa vulnerabilidade diante da morte ganhou a dimensão certa de que não somos, estamos...Nossa luta agora é permanecer. Mas para isso é preciso entender também os propósitos que cada um tem nessa aliança com o dono da vida.           Confesso a vocês que situações extremas de conflitos, sempre foram um meio de transporte para me conectar mais com Deus. Não sei dizer como, mas foi no ápice da minha tristeza que me encontrei com a mais sublime forma de perceber o seu amor. De lá pra cá tenho tentado construir com ele um elo forte, onde o seu amor se tornou o proposito fundamental na razão da minha

SEXÓLOGA

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Sempre que converso com minhas amigas sobre nossos tempos de adolescência chegamos a um denominador comum. Eu fui uma adolescente muita sem graça e certinha! Nunca me aventurei a nada de transgressor. E embora quem me conheça hoje ache que não é verdade, eu fui um chata e absolutamente apática adolescente.           A timidez, o meu senso de responsabilidade, o medo de cometer erros e principalmente de decepcionar a minha mãe me consumiam. Tudo que minhas amigas curtiram na adolescência eu deixei passar. Não provei bebidas, nunca coloquei um cigarro na boca, tive minha primeira relação sexual com o meu único namorado que se tornou meu marido. Exceto por uma atitude...           Certa vez na escola lançaram uma palestra sobre sexualidade, assunto esse que para época era um total tabu. Resta dizer que a minha mãe jamais tocou no assunto menstruação comigo. Tomei um susto tão grande quando me deparei com aquele sangramento que pensei seriamente que fosse morrer. Chorei desesperada.

Tarde Demais

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Será mesmo o caos que nos assola? Será mesmo a doença a causa principal pra toda essa bagunça que vivenciamos agora? Estamos isolados, mantidos presos como nunca estivemos em nós mesmos. E como tem sido difícil lidar com esse fato, lidar com a nossa própria existência, com a nossa própria companhia, com as nossas próprias manias, incertezas, convenções. Tudo se tornou tão ampliado. Corpos cheios de dores, almas cansadas de magoas, vidas lotadas de quase nada! Vazios e tão cheios. Tem sido estranho acordar mais um dia como se fosse o mesmo. O tempo de outrora tão valioso, agora insiste em passar de forma repetitiva, constante, incisivo. Os relógios parecem ser os únicos a trabalhar realmente de forma produtiva. Embora a hora não faça mais tanto sentido. Acordamos tarde, dormimos cedo...dormimos demais...dormimos de menos. O medo é nosso despertador. Se fecho os olhos, talvez eu viaje para outro mundo! Acordar nunca foi tão difícil. Há um misto de ansiedade tomando conta ainda ma

Inteligência é afrodisíaco.

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Acredito não ser segredo para ninguém, que ao primeiro momento quando nos permitimos a conhecer outros, também nos deparamos com uma versão melhorada de nós. Uma forma “vendável”, onde expomos ao máximo característica positivas, que pensamos ser agradáveis a quem queremos convencer.   Isso acontece naturalmente, muitas vezes nem nos damos conta. Basta fazer agora uma pausa para refletir a respeito e você automaticamente me dará razão. Até porque quem “compraria” algo que não fosse de fato atraente o suficiente? É por isso que a indústria cosmética não tem crise, e é também por isso que temos hoje uma geração de pessoas inconformadas com a sua forma natural, tentando a todo custo pertencer ao desejo de seu imaginário e agradar quem quer que seja. Mas não é sobre isso que quero falar agora, deixemos essa questão para outro momento oportuno. Quando no frisson da conquista, seja num relacionamento, numa oportunidade de trabalho, numa viagem com desconhecidos...enfim, em qualquer situaç

Fotografia( O Sorriso da Alma)

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De vez em quando revejo fotos, releio meus escritos, e descubro um pouco mais sobre aquela pessoa que já não sou. Nesses encontros de imagens e sentimentos vividos, me deparo com uma sensação estranha do reencontro, como se por mágica fosse permitido olhar pra mim de um jeito só nosso; como num espelho ampliado através do tempo, me encontro com ela(eu) e temos muito a nos dizer. Em um desses encontros percebi que faltava um pedaço, um intervalo esquecido onde não há escritos e nem registros fotográficos, um tempo em que eu simplesmente eu não existia. Fato é que nem me dei conta, aonde eu estive por tanto tempo. Essa descoberta, ou melhor revelação, expos também uma necessidade, de fazer um resgate não só físico, mas visual das muitas fases que passamos. Através de fotos se pode ter uma ideia clara de como estamos nos sentindo naquele momento. Fotografias são registros cronológicos de tempos vividos, que trazem as marcas de alegrias, tristezas, saudade... especialmente de datas i

Os homens mais lindos

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Me dei conta esses dias que possuo amizades que brotaram de um jeito bem peculiar. É verdade que desde bem pequena ganhei de meu tio a alcunha de psicóloga, talvez por tentar entender melhor as pessoas, por doar meu tempo, parar para ouvir. Sempre fiz essas coisas. Passava horas observando a forma como as pessoas se tratavam, como as relações entre eles se despertavam ou mesmo como estavam rompidas. De certa forma errei muito na análise pessoal sob as minhas relações, (até porque não sou psicóloga!) que na verdade eu classifico por sabotagem, pois no fundo a gente sabe o que sente, e covardemente não assume as posturas corretas por medo de sair da zona de conforto, que de confortável só tem o nome mesmo. Que eu poderia chamar claramente de preguiça de viver. Enfim, eu percebi que minhas amizades com homens giravam em torno dessas escutas, sobre eles, coisas que raramente os homens encontram lugar para fazer, e que a nossa sociedade absolutamente toxica com a masculinidade limita. Hom

Sementes

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Sementes  Entre o plantar e o colher há o tempo. Esse é o intervalo que quase ninguém entende, a ansiedade da vida moderna nós coloca em ritmo acelerado de realização. Eu porém sei que a espera do preparo produz coisas maravilhosas. Que a maturação requer de nós a lentidão das descobertas. Que no final é o processo que nos faz bom fruto, independentemente do quanto era bom o solo, cultivá-lo faz toda a diferença. Até sementes ruins brotam se assim forem cultivadas no seu tempo e na sua amorosidade. Tudo é questão de tempo... e ele sabe a sua hora, não cabe a nós questiona-lo. Há porém a importância de reconhecer os ciclos. Onde foste plantar teus sonhos e tuas ideias? Quem escolhestes para crescer contigo? Qual o solo ideal? A vida se renova, as pessoas mudam. Jardins perdem suas flores e passam tempo sem recebê-las, porque tudo tem seu princípio e fim. Observando a natureza se entende muito sobre Deus e nós não somos feitos da mesma terra?? Não somos também sementes ... Cada tempo de