RESPOSTAS


          Estamos vivendo uma nova ordem de relações, dentre elas as construídas a partir de nós mesmos. Talvez nunca tenha sido tão importante ter a fé solidificada como agora. Nossas relações espirituais tomaram proporções medicamentosas no que diz respeito a nossa paz interior e a saúde mental. É preciso está atento aos sinais de desgaste emocional que a pressão de agora nos impõe.

 Nossa vulnerabilidade diante da morte ganhou a dimensão certa de que não somos, estamos...Nossa luta agora é permanecer. Mas para isso é preciso entender também os propósitos que cada um tem nessa aliança com o dono da vida.

          Confesso a vocês que situações extremas de conflitos, sempre foram um meio de transporte para me conectar mais com Deus. Não sei dizer como, mas foi no ápice da minha tristeza que me encontrei com a mais sublime forma de perceber o seu amor. De lá pra cá tenho tentado construir com ele um elo forte, onde o seu amor se tornou o proposito fundamental na razão da minha existência.

Sem denominação religiosa, aqui eu me refiro a uma construção baseada nos princípios apresentados por Jesus Cristo, aquele que veio até nós, nos contar com propriedade quem é Deus, o pai de todos nós. O verdadeiro significado do AMOR.

Minha pouca experiência doutrinária, não me permite falar sobre aquilo que não sei, então aqui exponho de forma natural as minhas percepções sobre o que pratico. A forma espiritual que aos poucos venho construindo. É sobre Deus, Jesus e eu.

Demorei um pouco pra conseguir colocar Deus no lugar de pai, e isso se deu devido a minha própria dificuldade de relacionar-me com o meu pai, por razões que passei a vida questionando, como se tivesse o direito de ditar o certo e errado para alguém.

Havia entre nós um abismo de palavras não ditas e muitas coisas inacabada. Já com Jesus sempre foi diferente, a minha facilidade de amizade me fez ver Jesus com a mesma afinidade dos mais próximos, mas eu precisava construir com Deus uma nova relação. E até hoje estou tentando.

Algumas das nossas dificuldades foram identificadas quando eu vivenciei a solidão, estagio bem parecido com o que vivemos agora. Outras foram construídas com estratégias fáceis, possíveis de qualquer um realizar, e é sobre isso que eu quero falar com vocês.

A solidão nos coloca em lugares inimagináveis, mas como tudo na vida ela também tem seu lado bom, e é sobre o lado bom que quero falar. Dar-se um tempo do que já suposto ter certeza. Abrir espaço no nosso lixo interior para redesenhar coisas novas, reaprender, ressignificar, renascer.

 Imaginemos que agora estamos todos sendo gerados novamente para um novo mundo. Estamos todos limitados ao ventre na nova ordem mundial. Estranho e desconhecido. Mas é no caos que habita todas as possibilidades; é lá onde a criatividade abre o espaço suficiente para encontrar respostas. No meio do improvável, encontramos as maravilhas. Deus é assim. Busca-lo é tão simples. Ele está em todo lugar, pra todos os olhares, existe Deus, do pior ao melhor.

Descobrir isso me fez mudar a maneira de entender o mundo. Assim como a minha relação com o meu pai precisa de um suporte, a minha com Deus também estava estremecida. Precisava de um jeito de encontrá-lo, de senti-lo, confiar...

Buscar o auxílio do pai, nem sempre é tão simples, principalmente quando não entendemos o outro lado da história.  O que Deus deseja de nós?

As nossas verdades muitas vezes parecem ser suficientemente capazes de suprimir qualquer outra que desejamos entender, mas precisamos nos reconhecer falhos e incapazes de fazer em nós algo novo sempre. O que Deus requer de nós é apenas buscar o colo de pai, como um bom filho sempre faz ao cair.

 

Izangela Feitosa


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A BUNDA

ValorIza

CORPO PARA UM BIQUINÍ