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Mostrando postagens de dezembro, 2018

Natal Estranho

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NATAL ESTRANHO             Me sinto estranha! Estranhamento tão normal, que quase não percebi tamanha estranheza. A rapidez dos dias talvez tenha me pego de surpresa. A velocidade do tempo que eu não consigo mais acompanhar. Há em mim um cronometro descompassado entre horas, tempo e lugar. A proximidade do advento, o cheiro natural de Natal que agora já não tem mais um cheiro tão especial. Talvez porque os anos foram transformando tantas as emoções que se alinhavam a essa época. A união, a alegria dos encontros, a troca de presente, a roupa nova, o amor em família, mas sobretudo o amor. Poder olhar com mais humanidade para as pessoas, poder exercitar um pouco dessa natureza de sentir e se deixar pelo menos uma vez por ano ser tocado pela simplicidade de servir. Servir com palavras, com gestos e principalmente com ações que pra alguns pode ser a coisa mais esperada durante todo o ano. Sou de uma geração que esperava o Natal pra vestir a única roupa nova do ano. Lembro bem

A Inveja

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A inveja Se tem uma coisa que eu não consigo entender é a inveja. Acredito que assim como eu, hoje em dia passamos boa parte do tempo vivendo um pouco da vida dos outros. Vidas presentes em status, fotos, timeline, stories, e tantas outras formas de mostrar nem sempre tão reais , mas um pouco do que é vivido e exibido por aí. Eu confesso não ser muito dada a tais exposições, as vezes até me sinto implicada a fazer tais demonstrações de vidas perfeitas, mas me reservo ao fato de expor apenas coisas que na minha própria concepção servirão de parâmetro de racionalidade de pensamentos. Futilidades realmente não me convencem da sua necessidade. Mas também sei que a futilidade é algo relativo, o que pra mim pode não ter importância par outros tem um peso crucial. Claro que acho linda uma história de amor, casamentos, roupas bonitas, festas, declarações, tantas coisas que apreciamos no mundo virtual. Mas fico sempre me preocupando até que ponto tudo aquilo é real no íntimo das

Só por Hoje

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Só por hoje... Vocês já pensaram no quanto é difícil um relacionamento da certo? Se pararmos pra pensar há uma probabilidade tremenda de nada acontecer como a gente quer. Veja   bem:   Duas pessoas de gênios bem diferentes, até mesmo os mais parecidos , num contexto de vivencia acabam se identificando com as diferenças, isso é inevitável. Por mais semelhanças que se possa ter, com o passar do tempo são as diferenças que nos fazem querer ficar. Como assim querer ficar? Imagine ai que chato você conviver com alguém exatamente igual a você. Qual a surpresa? Qual a graça? Alguém que faz as mesmas coisas que você. Que curte as mesmas roupas, os mesmos lugares, os mesmos amigos, as manias... Eu sei que conviver de boa com a gente mesmo é muito bom, mas repare... É com a gente mesmo; não dá pra se desfazer de você; e é por isso que o autoconhecimento e a autoestima é um caminho gostoso, porque te permite conviver com aquilo que existe em nós, mas que até mesmo nós não gostamos.