ValorIZA

    Safra Especial (Mulheres Fodas)               Sempre gostei de amizades masculinas. Não sei se por uma questão de dinâmica mesmo, ou a sensação de que parece que eles não complicam tanto as coisas, (embora sejam um tanto complexo por natureza). Não estou aqui tecendo de maneira alguma qualquer fala de segregação de gênero; como todos sabem sempre abordo ideias a partir do que percebo, e essa parte de afinidade, pertence mesmo a minha vivência. Posso supor que talvez por ser uma boa capricorniana, seja o desfio de compreender opostamente aquilo que não saberia identificar como meu, sendo eu uma mulher. Enfim... Sempre observei aos meninos de um jeito singular, com um ar de mistério, nossos diálogos são até hoje, desenhados de amizades boas e construtivas, de que me orgulho muito. Eles me ensinam, e é muito bom aprender com os afetos.             Nessas minhas observações ao longo dos anos, percebo coisas que na juventude me parecia menos natural. Homens sofrem de questões muito opre

  Senescência   Não tenho medo de envelhecer. Nem tão pouco de perder a beleza, a forma desse corpo de carne. Tenho medo de me perder por entre os anos, Daquilo que quando criança era o correto, o fundamental. Tenho medo de que minha alma envelheça de orgulho, De frieza, de maldade, de falta de humildade. Tenho medo de deixar que o tempo leve de mim o que tenho de melhor. Deixando a velhice virar ferrugem A ponto de não poder mais me moldar ao novo. Tenho medo de me tornar aquilo que me entristece. Que me dá arrepio. Prefiro pensar que os anos são a contribuição de aprendizado necessário. Para melhorar todo esse projeto grosseiro Que não é o que Deus fez de mim. E que com o tempo vai se lapidando em luz, brilho e cor. Deixando a maturidade e não a velhice se fazer vivente. Achando o espaço necessário para construir formas de ser feliz com o pouco. Exigindo menos dos outros e mais de mim.     Izângela Feitosa 

  Amar uma mulher livre não é fácil.   Amar uma mulher livre não é fácil. Ela é como um esquete de teatro cheia de improvisos, onde a cada ato, ressalta a surpresa. Ela diz o que pensa e não fica cheio de dedos com medo de ser mal interpretada, ela conversa com sua intimidade porque conhece muito bem a importância disso. Uma mulher livre não se deixa avaliar-se por qualquer conceito, ela tem sua própria medida. Ligou o foda-se para os preconceitos que a prendia em parâmetros estruturais repressores. Sabe ser sexy e linda. Abusa do seu poder de sedução, se assim o quiser. E não se limita as críticas de quem sonha em ser ela. Uma mulher livre, anda descalço de camiseta e shortinho com a mesma elegância de um vestido GUCCI. Ela entendeu onde reside sua natureza bela. Nos gestos, na força, nas curvas de seu corpo, na mente...e que mente maravilhosa. Domina assuntos diversos, consegue dialogar sobre política e receitas de doce com a mesma singularidade, de quem tem conhecimento sobr