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Mostrando postagens de abril, 2021

Casando com a felicidade

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Casando com a felicidade. Outro dia li uma mensagem, supostamente sobre uma conversa entre duas mulheres. Uma delas estava prestes a se casar e perguntava a outra, por experiência de anos de matrimonio, qual era o segredo da longevidade matrimonial? Ela então respondeu com uma outra pergunta: - Porque você está se casando? - Para ser feliz! - Pois já começou pelas razões erradas. - Como assim? - Não se deve casar para ser feliz. Deve se casar para fazer o outro feliz. Confesso que quando ouvi aquilo, imediatamente pensei, quão machista era aquele pensamento. Pensei na tamanha submissão que as religiões pregam em relação a mulher. Uma vez que esse diálogo partira da ótica ideológica de uma corrente religiosa específica, a qual as duas mulheres em questão pertencem. Nas tantas obrigações que carregamos, antes, durante e depois do casamento. Tantos questionamentos que por uma fração de segundo me incomodei, até ouvir as razões que justificavam aquela afirmação. -Deve se ca

Quase sentir.

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          A gente desaprendeu a sentir.   “E hoje em dia, como é que que se diz eu te amo? Sem esse de que estou sozinho ...” Renato Russo   Tenho pensando nas questões relacionais, escutado opiniões diversas, procurado respostas que possam nos fazer, de maneira objetiva, compreender as dificuldades de se manter relacionamentos atuais. Talvez seja uma deficiência minha, não sei! Mas a verdade é que não tem sido fácil encontrar pessoas dispostas a esses encontros para além do que chamamos “casual “. Me parece que as relações se tornaram perecíveis, que seus elementos não sustentam mais como deveriam, em sua natureza original. Baseado em aditivos superficiais se gosta é se desgosta numa velocidade interativa como nos aplicativos de busca por parceiros. Um cardápio de pessoas nada convencionais. Vocês já perceberam como é descartável? Subjetivo, fugaz? Tentamos expor ali numa única página toda nossa melhor parte, como um cartão de apresentação, propaganda usada com a úni

O Encanto do Lobo Mau

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Já fazia um tempo que estava convencida a não me apaixonar, dados que os últimos suspiros de loucura por alguém havia me deixado mais uma vez sem noção da realidade, e completamente idiota; superar aquela sensação me parecia um feito libertador, uma vez que nunca fui muito dada a questões sentimentais bem resolvidas. Enfim meu coração estava fechado para balanço, mesmo. Pelo menos por um tempo. Acontece que o corpo, nem sempre segue o mesmo propósito do coração, e querendo ou não, sou uma mulher normal que sente e deseja muito o calor de um afeto, o gosto de um beijo, todas as nuances que um bom romance pode oferecer. Difícil é manter essa separação de desejo e apego, e é aí que as coisas complicam. Estava eu super de boa, de alma leve e livre dos transtornos caudados pelos péssimos relacionamentos anteriores, mas... não vou mentir! Viva!! Muito viva! Quando na fila no banco me deparo com um deus grego. (Senhor!! O que era aquilo?). Imaginem comigo a situação: Final de mês, a

É sobre ser.

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  Outro dia estava no comércio do meu pai e enquanto ele conversava com um de seus clientes, fui apresentada a esse senhor. Um Homem simples, mas muito sábio. Papai dizia: -Minha filha, conheço muita gente que fala de Deus, mas esse daqui, conhece o fundamento da palavra. O homem então disse: -Seu Dizio, se fizéssemos apenas o fundamento estaríamos livre de todo mal. “Amar a Deus sobe todas as coisas”. Esse é o fundamento. Nada mais precisaríamos. Pensei por um instante naquela implicação. Ele então completou: -Nada é nosso!! Tudo passa. Veja bem, estava eu conversando com um homem muito rico, enquanto ele olhava um ínfimo de terra, gado, bichos, muita fartura, me dizia... Tudo isso é meu. Sou muito agraciado, você não acha? Eu pensei na minha vida simples. Tenho uma casa pra morar que me foi cedida. Tenho comida apenas o suficiente pra passar o mês. Uso roupas até não me servirem mais, não tenho bicho, nem terra, mas me sinto um privilegiado filho de Deus; nada me falta.

Mulherão da porra!

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  Outro dia olhando algumas fotos nossas, minha filha e eu; fui surpreendida com uma pergunta muito intrigante: ‘Mainha, porque a senhora não se arrumava nessa época?’ A época a que se referia, foi um tempo quando ela era criança, e eu vivia assolada de muitas responsabilidades. Essa poderia ter sido facilmente a resposta para aquela pergunta, mas não quis esconder mais uma vez as verdadeiras razões daquele desprezo pessoal. Houve um tempo, não sei dizer bem quando, que deixei a mulher que sou esquecida e quase a perdi dentro de mim, mas eu gosto quando sou provocada pela minha filha sobe essas questões; é para ela que preciso ser exemplo. Fazia um bom tempo que havia deixado de me maquiar, de me cuidar, de gostar de mim. Aliás, ‘no meu tempo’, não era muito comum essa exaltação da beleza, como é hoje, mas havia sim, um modelo de beleza a ser seguido normalmente. Fazia anos que não me importava com o cabelo, com as roupas, não usava mais salto alto, não vestia vestido, nem saia

O Padre e as unhas vermelhas.

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  Se tem uma coisa que me representa, identifica, é um belo de um batom vermelho. Esse é o tipo de adereço que tem feito parte da minha vida por muitos anos, como um conceito próprio sobre mim, revelando como eu gosto de me ver. Ele me faz sentir bonita, forte, poderosa! Causa um efeito de resposta positiva, que muito me agrada. É quase uma extensão da minha essência, revela, resolve, transforma. Mas por um bom tempo na minha vida ele foi substituído por um conceito abstrato do que não sou eu. Deixei o batom vermelho e quase nunca pintava as unhas, porque eu não era minha prioridade. Vou contar a vocês uma das melhores histórias que já aconteceu comigo. Quando eu estava passando pelo “vale da sombra da morte” ;( É assim que me refiro ao período pós término traumático do meu casamento), senti a necessidade de ir me aconselhar com um Padre. Ora, eu estava destruída, totalmente perdida. Na minha cabeça pairavam tantas perguntas e nenhuma resposta me parecia razoável aquelas questões;

Porque os homens traem ?

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Porque os homens traem?                     Outro dia em conversa com minhas amigas, surgiu um questionamento muito pertinente quando falamos sobre relacionamentos. Porque os homens traem?           Não de hoje, mas sempre presente em nossas suposições, essa tem sido uma das perguntas mais difíceis de encontrar respostas convincentes. Acredito eu, que quase todas as pessoas que foram traídas já fizeram perguntas do tipo. Os PORQUES, estão sempre nos rodeando, e é fato que essa angústia por respostas convincentes nos prejudicam nas nossas relações futuras. Alguém traído carrega em si sombras e cicatrizes que podem atrapalhar novas relações, e isso não é bom pra ninguém.           Para compreendermos o que há por trás do conceito de traição, é importante recordarmos as nossas raízes sociais estruturais, que designam ao homem um lugar privilegiado nessa cadeia relacional. Para eles tudo é permitido; e é por essa razão que a traição foi por muito tempo um conceito comum associado a