É muito mais do que um lacinho Rosa.
É MUITO MAIS QUE UM LACINHO ROSA Quando eu era criança ouvi poucas vezes falar sobre o assunto. Era tido como algo tão distante e absurdo que sequer se falava o nome. Afinal, pra que falar de algo que determinava o fim? Era como uma sentença de morte anunciada, que roubava em instantes todos os planos futuros que alguém tivesse. Por muito tempo a palavra Câncer foi esquecida das bocas e das vidas daqueles que não se deparavam com a realidade dos que tinham sido sentenciados. Outras denominações substitutas pareciam de alguma forma esconder toda dor que aquela doença prometia trazer para os seus “escolhidos”. O tempo passou e muita coisa mudou. A ciência fez um caminho insistente de descobertas capazes de não só detectar precocemente, como de estender a qualidade de vida dos seus acometidos, mas não mudou o medo, o estigma, a fragilidade de ser um “escolhido”. Foi nessa fragilidade que eu me vi quando me deparei com aquelas letras impressas num exame que dizia: Pro