A Teoria da Mulher Bem-Amada.

 

A Teoria da Mulher Bem-amada.

 

Alguma vez você já parou para observar o comportamento das mulheres casadas? Não necessariamente “casadas”; aquelas que possuem um companheiro, namorado, namorido, seja lá qual a forma de tratamento usado, a intenção é que formem um casal, estejam juntos.

Sempre que conheço um casal, me dou um tempo para observar; fico prestando atenção a forma de tratamento, olhares, jogo de corpo, falas, cada gesto diz muito sobre aquela relação. Pode passar despercebido para a grande maioria das pessoas, porque no dia a dia, estamos mesmo ligados a fatos que nos interessam, e até pode haver algo interessante em relações amorosas solidas, mas com certeza não é pela ótica da fofoca, que observo, é algo mais intrigante, mais profundo, maior e pode ser um implicador ou não dessa relação.

Talvez as experiências de vida, possam ter sido uma forma de embasar essa minha teoria, ou não...sempre fui curiosa mesmo, observadora, (embora não me observasse como deveria).  Não gosto de atuar cientificamente, provavelmente alguém aqui lendo esse texto, vai compreender onde quero chegar nessa percepção.

Tenho uma teoria, e quero aqui deixar claro, que se trata de algo sobre minha própria ótica, não necessariamente provável, mas acredito nisso. 

Uma mulher bem-amada é reconhecida no exato momento em que olhamos para ela. Seus olhos, seu rosto demonstram sem sombra de dúvidas o quanto de amor há nela. Amor-próprio, amor respeito, amor com ela e com os outros.

Pare agora é pense por alguns segundos, quem são as mulheres mais bonitas que vocês conhecem?

Essas mulheres comuns, que não estão presas aos padrões estéticos severos, que sabem ser essencialmente a mulher que sentem ser. Sem estar num personagem, sem ceder as convenções sociais convenientes, a um status. Mulheres que são, ELAS mesmas o tempo todo! Talvez por essa razão construírem com seus companheiros uma identidade também sustentável para relações solidas e de autovalor.  Investigue na memória e você vai saber quem elas são.

Por que eu acredito nessa teoria? É bem simples...Não, que eu acredite que a felicidade de uma mulher esteja nos olhos de um homem, ou na sua presença física ao seu lado, mas dentro de uma relação, isso é importante; principalmente quando a escolha de se estar junto é algo não impositivo, natural.

Quem não gosta de ser percebido e de receber essa importância real? Mulheres bem-amadas são constantemente elogiadas, há nelas um ima de atração potente que atrai essencialmente olhares sinceros, e não diz de um elogio apenas superficial, porque sua beleza está para além de um corpo; é aquilo que se ver através da alma.

Amar alguém é uma das escolhas mais difíceis a se fazer; mas amar e escolher ficar juntos é ainda mais difícil. Essa relação de amor requer a lealdade de oferecer ao outro não o mínimo, mas o máximo que puder para uma felicidade conjunta, e isso se ver em todo tempo, através da convivência.  Arrisco dizer que é na inconstância do imprevisível que habita a graça das relações. No rosto de uma mulher que sabe ter a liberdade para ser exatamente quem é, há o encanto dos primeiros encontros todos os dias; e isso é o que faz ela se pertencer, não se perdendo de sua imperfeição, não buscando a todo custo agradar, se validar, mas assumindo os riscos de saber que pode em alguns momentos fracassar, e que isso não é tão significativo quanto o mundo deseja que seja.

A teoria da mulher bem-amada, me revela dizeres em sorrisos, as vezes largos, as vezes contidos, mas em todos uma autenticidade singular. Ela brilha! Carrega com simplicidade a leveza de amar diariamente. Ela agrada a si, e assim agrada a maioria das pessoas (a maioria, não todos, entende?).

Em contrapartida uma mulher infeliz, também se enxerga de longe. A estampa de seu rosto também a revela. Não há cumplicidade responsiva, ela é uma ilha, cercada de águas, preste a se afogar, caso arrisque nadar para além do que o horizonte oferece. Não se entende dentro de si, porque se perdeu em algum momento nesse mar de águas turbulentas. Ela se agarra ao que ilusoriamente criou, perdendo as suas certezas e ancorada no que disseram sobre ela.

A teoria da mulher bem-amada nos revela a importância de nos pertencermos. Essa prioridade não egoísta, mas absolutamente real, é a magia que mantem esse casal nessa sintonia gostosa, que agrada ao desejo de querer estar junto, que não ânsia por longas distancias, que constrói até com a saudade a parceria de poder viver, as vezes longe, desde que isso seja para um bem maior comum. Não há poder, posse. Há cumplicidade, afeto, tesão e muita vontade de não consumir tudo de uma vez.

A mulher bem-amada é a maior prova de que é possível se amar, se pertencer e ainda assim ser feliz com alguém, sendo o outro também, quem ele de verdade é.

 

Izângela Feitosa





Comentários

  1. Adorei o texto e me identifiquei, triste é quando uma mulher bem amada se relaciona com um homem abusivo, pois ela deixa de ser ela, deixa de se amar, como um passarinho q desaprende a cantar

    ResponderExcluir
  2. Um dos textos mais lindos e verdadeiros que li! Que Deus continue te inspirando a escrever com a alma

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Comente aqui. Sua opinião é muito importante.

Postagens mais visitadas deste blog

A BUNDA

ValorIza

CORPO PARA UM BIQUINÍ