Ódio Gratuito ( Haters)
Ódio Gratuito ( Haters)
Não é segredo para ninguém que nos últimos
anos vivemos tempo de globalização, e isso nos permite compreender que não somente
informações chegam a todos os lugares, mas também debates, opiniões, críticas e
o ódio.
O ódio tem tomado proporções gigantescas, a troco de nada. Pessoas
se acham no direito de espalhar a maldade, em suas falas preconceituosas, discriminatórias
e em opiniões de total falta de conhecimento, ou mesmo por uma identificação com
o que há de pior no mundo. Realmente, não gasto de acreditar que são mesmo
pessoas munidas de amor dolorido, conflitando entre suas ações. Me custa
entender que existem pessoas que se alimentam do que é sim mal e perverso, para
de alguma forma acalentarem seus egos inflados. Classifico esse tipo de
sentimento como uma fragilidade emocional doentia, insustentável, de falta de amor-próprio
e no fundo é sobre isso mesmo. Pessoas que se sentem ameaçadas por conceitos,
que nem dizem respeito a eles a princípio, mas por alguma razão refletem os
espelhos de suas almas, revelando o que há de pior, sem perceberem, quase que inconscientes.
Costumo perder tempo nas redes sociais, lendo sobre
questões que anseia aos debates políticos, principalmente pautas que envolvem
direitos das mulheres (o que me insere, muito me interessa).
Nos
últimos tempos, assistimos quase que diariamente notícias sobre essas questões,
quase sempre nos colocando em situações de total destituição de direitos. É revoltante,
e nada agradável. Não dá para simplesmente fingir que não é comigo, porque é. Se
fere uma mulher, toda nossa estrutura é ferida. Nessa concepção de incomodo,
exponho também minha opinião em algumas das páginas das redes sociais. Não para
aparecer, mas acho importante ter um posicionamento diante dessas observações,
até para ampliar o debate, crescer, aprender, partilhar, agregar... Não é uma
opinião de cunho pessoal puramente sem foco, não me interessam páginas de
fofoca, mas é importante está presente nos debates interessantes atuais desse país
em total crise política. Minha consciência, me convence diariamente que
precisamos estar cada dia mais inseridas nesses debates, que muitas vezes é na
vida cotidiana que está a questão.
Assistimos recentemente há duas histórias de horror, de
total controle dos corpos femininos, e se existe uma forma de violência contra
mulher mais primitiva que essa, eu realmente desconheço. Aborto, parto, adoção,
educação, CORPOS FEMININOS! CONTROLE para sermos mais assertivos.
Sem entrar muito
nesse debate, até porque já fiz um texto sobre essa opinião, estava eu defendendo
meu ponto de vista a respeito em um comentário no Instagram, quando fui
surpreendida por um outro comentário me retrucando.
Dizia
ele, que a tal juíza do processo envolvendo o estupro e não autorização ao
aborto, estava certa. Diante de uma alegação dessa, automaticamente eu revidei dizendo
que não dá para discutir com quem sequer entende o que é ser mulher. Mas como
sou curiosa, fui até o perfil do tal “filosofo de rede social”, olhar com quem
estava falando. Geralmente esse tipo tem um perfil bem padronizado. (É
IMPRESSIONANTE, como o cidadão de bem é fácil de ser identificado!).
Não
deu outra...Olhei, pensei...TÁ!... Deixei pra lá. Não dá para continuar um diálogo
saudável com quem já tem opinião formada. Então eu deixei de lado, não ia me
acrescentar mesmo!
Minutos depois recebo um comentário em uma de minhas
postagens no meu Instagram, dizia assim: “Ei, Stalker, sai daqui!”.
Li aquilo e pensei... OI? Stalker... eu? Aí, lembrei que
tinha olhado o perfil do tal rapaz. Respondi. “Pode ficar tranquilo, o que eu
queria ver, já encontrei.”. (Acho que ele estava carente de atenção!).
Imediatamente respondeu. “Sai daqui sua gorda!”. Eu li isso e dei uma risada
sozinha, pensando, como pode alguém ser tão mal resolvido de amor. Não dei
muita importância.
Ele não satisfeito com seu mau humor crônico talvez, me
mandou um direct, dizendo: “Olhei seu perfil também. Que mulher horrorosa!
Escritora de merda!! Ridícula... Tu não tens diabetes não, sua gorda? Não tem
medo de ter um infarto?
Eu
respondi: - CARA, quem é você na minha vida? Alguém que é capaz de defender um
estupro, que se incomoda com um aborto, mas não tem a menor educação com alguém
que nem conhece? Quem é você, na minha lista de importância, vai estudar! Conhecimento
é coisa que faz falta a gente ignorante. E bloqueei e denunciei o perfil dele. Pensei...
problema resolvido. Mas ele estava tão determinado a espalhar ódio que fez um
perfil fake para continuar a me importunar. Minutos depois recebo no direct.
-Você vai morrer! Vai sim, logo, logo de infarto! Sua gorda
horrível! Ridícula de merda! Olha esse rosto? Que nariz é esse? Que cabelo ruim!!
Tenho certeza de que ninguém te quer! Você
deveria se matar! Tu deves comer feito uma louca! A padaria tem medo de você! Quantos
pães tu comes por dia...uns 12? Você vai morrer com 40 anos, embora já tenha
uns 38!
Eu só conseguia rir, desse coitado!! Porque aquilo em
nenhum momento de atingiu. Bloqueei e denunciei mais uma vez o perfil dele. Não
satisfeito, ele fez outro perfil e disse que iria encher meu blog de comentários
nazistas para a internet derrubar meu blog e tirar do ar.
Aí, me dei conta do tamanho da maldade, e do desamor guardado
dentro de um ser, que eu não sei nem quem é. Minha primeira atitude foi proteger
meu blog, sei lá o que um doido desse pode fazer, melhor não arriscar. Fiquei pensando...como
pode? O quanto esse tipo de coisa pode prejudicar alguém?
Realmente
não me ofendi com nada que ele me disse, porque sei quem eu sou, e sou muito feliz
sendo quem sou, exatamente assim; mas quem não está tão bem resolvida? Abala o
emocional, assusta, constrange, e é um mal totalmente gratuito, que requer muita
atenção. Pessoas morrer por causa de gente assim.
Entendo que o que ele tinha para oferecer era o pior, ao contrário
de mim. Muitas vezes esses ataques dizem sobre quem o faz, e não para o ódio está
apontado. É espelho. É sobre ele, e não sobre mim. O mal que ele desperta é o
que ele tem de “melhor”, coitado!
Me preocupo com o
quanto isso pode influenciar emoções, acionar gatilhos, promover mais e mais
dor, em pessoas que não estão com sua saúde tão equilibrada. (Não que eu também
não esteja!). Espero que ele não tenha feito outras vítimas, embora eu duvide.
O quanto é triste, pequeno, doentio não se perceber dentro
dessa estrutura tão agressiva. A troco de que? É lamentável vivermos uma crescente
desses comportamentos ganhando tanto espaço. Precisamos nos cuidar, o tempo
todo.
No fim o mal não me atingiu, porque o mal só encontra campo
quando nos assemelhamos a ele, e eu não sou assim.
Agora estava aqui a risos altos, me divertindo
às custas de quem se esforçou tanto para me atingir, me agredir, me derrubar e
acabou me elogiando. (Kkkkkkkkkkkkk) Ele disse que eu iria morrer com 40 anos,
embora já tivesse uns 38; mal sabe ele aqui a gata aqui, já tem 45! É que amor-próprio
rejuvenesce. Beijos de LUZ!
Izângela Feitosa
Eu sempre fico chocada quando lembro que pessoas perdem tempo destilando ódio nas redes sociais, falando atrocidades para pessoas que nunca nem viram. É lamentável!
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