MORADA DE INSTINTOS
MORADA DE INSTINTOS
Se de amor sou feita
Que mal pode haver
Em querer-te a todo instante
E também de amor viver?
Se minha geografia aponta lugares
Que em toques posso ter
Sentidos bem sentidos
De amor sentir você
Esse é um amor tão verdadeiro
Que passa pelos sentidos
Que mistura intenções,
Dores e conflitos
Me enchendo de vontade
Me apresenta ao prazer
Faz valer caminhos novos
Em busca de um novo viver
Não tem regras
Não tem nome
Nem nada a me conter
Faz passear pelo desconhecido
Vontades sem querer
Permite-me ser assim
Um misto de tentações
Exploradas a serviços
Das minhas emoções
Se de desejos me visto
Em meus olhos podes ver
Que cada bom vestido
Em algum há de conter
Também tuas vontades
Procurando perceber
Onde despes as vergonhas
Libertas em poder
Não há pressa nesse jogo
Pois não há o que perder
Somos dois em um único objetivo
Prontos a vencer
Parceria, sintonia, vontade e bem-querer...
Juntos num mesmo propósito, dar e receber
Um frisson de sentidos, suspiros e suor
Pele, boca, mãos e pernas...
Tudo em redor
Trocando interesses
Aguardando encontrar
O ponto onde o destino
Não pode evitar
Uma explosão de volúpia
Lubricidade e excitação
Conspirando nessa intenção
O meu corpo já não pertence
As minhas preferências
Misturados, fundidos, únicos em atuação
Nesse cenário produtivo de si mesmo
Somos mais que um casal
Realizando desejos
Permito-me viajar em teus vários segredos
Te liberto, te apresento bons motivos para amar
Pois de amor eu sou feita
Não adiante negar
Em meus braços
Tu percebes e nada podes mudar
É morada de instintos, calor e impulso
Complexo perfeito de escolhas e caprichos
Extravagância em devaneios
Inspiração e libido
Apetite conduzido pronto em ensejo
Provocante...
Designíos, misturados ao não querer
De domínio te prendo
Sem ao menos perceber
Que te permites por instantes
Saciar-te em viver
Izângela Feitosa
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