EXPLOSÃO
E se assim fosse possível!
Por mais que tente, eu não
consigo.
Pensar como não penso. Sentir
o que não sinto.
Falar o que não sou. Viver o
que não vivo.
E se fosse possível, ser só
racional!
Palavras as vezes, são os
melhores códigos tradutores, mas ainda sinto que o silêncio do que só eu escuto,
falam por mim.
Há um abismo de desencontros,
um turbilhão de vontades, um furacão de tesão, e um maremoto de coragem,
Que me absorve com tanta
força, quando me permito por um instante despir-me da falsa máscara que me
acostumei.
Meu corpo anseia pelo tocar da
alma, de forma avassaladora e ilimitada.
Há no meu íntimo um fogo de
paixão que não cabe mais.
Explosão...
Ele me queima todas as noites,
quando penso, e desenvolvo segredos no mais profundo da minha intimidade.
Sou uma alma inquieta, que
procura amor, que se apaixona todas as vezes que sou tocada num lugar bem
especial.
Essa natureza confusa,
complexa, insana, indigesta,
Me embrulha o estômago, me
revira a alma.
Me expõe em dores, e me acolhe
em partes, que somadas ainda não sou eu.
Porque não sei quem de verdade
sou.
Sou suspiro de desejo ao
ouvido, no calor do hálito exposto,
Que procura a todo instante o
céu de estrela da tua boca.
Que envolve em desejo e paixão,
Nossos corpos nus na cama à
tarde. Onde sol tenta nos vigiar.
Sou saudade do teu membro
rígido, no meu corpo a adentrar.
Sou suor no calor do instante,
na saudade de um desejo.
Sou a água que jorra atoa toda
vez que te beijo.
Sou a loucura de ser tua,
mesmo sem ser.
A vontade, escancarada de te
merecer.
A alegria do reencontro, os
olhos vidrados de amor.
O imenso desconforto da
partida e da dor.
Sou a fragilidade de forma
firme.
Um sorriso desconcertante.
A lágrima que já não cai.
Sou tua inteiramente e quero
ser muito mais.
Izangela Feitosa
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