Sempre Apaixonada.

 

Sempre Apaixonada.

 

Ai, ai, ai... Novamente!

Parece incomodo, mas não...é só uma espécie de carência. Sei lá. Pessoas me encantam, e quando a gente está muito tempo com o coração desocupado de sentimentos mais profundos, as vezes parece que o corpo nos oferece essa coisa magica de achar que está pronta para começar tudo de novo. O que não é verdade! Pois na maioria das vezes é apenas ilusão momentânea. Talvez por conta dos hormônios. (Ah esses hormônios, já me colocaram em cada situação complicada!).

Não sei se faço entender, mas eu me apaixono todo dia! As vezes mais de uma vez.

Por alguém, por mim mesma, por situações, por desejos. Por qualquer coisa que de alguma forma, faça meu coração transbordar de sentimentos. Mesmo que por um único instante.

Acho que preciso desse ímpeto, dessa voracidade instintiva para seguir acreditando ser possível ser feliz.

São inúmeras as oportunidades que desencadeiam essa sensação de borboletas no estômago. Honestamente eu acho necessário essa condição de paixão, pois ela move as coisas por um caminho tendencioso ao acaso, do que nem de longe conhecemos sobre nós. Mas também é perigoso demais.

Quando me apaixono por alguém, eu geralmente procuro imaginar ali o que me faria perdurar por mais tempo nesse sentimento. O interesse precisa de mais solidez. Às vezes acho que enxergo mais do que é verdade. Porque temos a mania de esperar do outro aquilo que nós temos para oferecer. E nem sempre isso acontece. Ninguém tem a obrigação de corresponder ao que eu sinto. É uma ilusão baseada em vontades profundas daquilo que eu desejo muito ter. Na verdade, acho até que na maioria das vezes, é apenas a minha enorme vontade de ser correspondida por alguém por sentimentos especiais. O que quase nunca acontece.

Não sei, mas acho que não sou muito boa com essa coisa de paquera, relacionamentos, sentimentos recíprocos. Na verdade, eu acho que só entendo de romance em teoria.

 Não sei se erro na medida, se é só exagero; ou essa tendência natural ao drama, que carrego como algo pessoal e que até agora não consegui modificar. Mas, não tem funcionado. Não consigo entender a lógica de começar um relacionamento fingindo ser o que não sou, o que na maioria das vezes é o ponto de partida para o começo, e o que de fato acaba pesando no fim. Acho que até passei da idade para esse tipo de joguinho; mas é que esse ainda é um meio usado por demais, pelas pessoas e de todas as idades. Então eu geralmente me apaixono, e dias depois desapaixono. Assim, do nada!

A inconsistência da reciprocidade, as pistas que me dão, e como eu preciso trabalhar a minha mente para não sentir sempre sozinha, me fizeram ter comigo uma espécie de conduta mental evitável. É tão obvio quando não estamos agradando, que as vezes me questiono por que não deixei ir mais cedo? Insistimos em coisas que sabemos não ter a menor pretensão de dar certo.

Se tem uma coisa que ainda me confunde, é o fato de nós mulheres ainda continuarmos na inercia de sermos escolhidas. Quando os papeis são invertidos, causa no mínimo a negativa por parte da maioria dos homens. Eles amam ser caçadores, e nessa mesma lógica, evitam “caças” que agem como predadoras.

 Essa posição de autoridade feminina, é um complicador. Até porque, esse papel de passividade não faz a minha cabeça, nem um pouco. Só de pensar que talvez em um relacionamento eu precise me destituir da mulher que venho tentando encontrar, já me frustra. Não me imagino mais cedendo a tudo. Tentando a todo custo encaixar-me em espaços que só eu faço questão de habitar.

De que adiante ser uma mulher incrível, ter consciência de suas qualidades e se perder de você na primeira oportunidade?

Começo a achar que não há muitas vantagens em ser tão maravilhosa e continuar sempre cedendo.  Quando a lógica deve ser o contrário. Se apaixonando e desapaixonando, sem nunca poder continuar. Passando vontade de sentimentos, alimentando carências reais e fadada ao julgamento sempre daquelas que aceitam ser para esses mesmos homens o que eles quiserem. Sem personalidade, mas achando serem “felizes” com alguém.

Eu tento... já tentei várias vezes. Tantas que até perdi a conta.

Atenção, dedicação, autenticidade, liberdade e respeito, são as máximas do que desejo numa relação. O que parece ser pouco.  Na verdade, é o mínimo! Para alguns, a submissão ainda é mais interessante do que sentimentos reais. Nesse jogo de interesses contrários continuo a buscar o par ideal, sempre me apaixonando...sem desistir.

Não tenho culpa se sou uma insistente e inveterada apaixonada por bons sentimentos, e na real... não me contento com pouco. Minha paixão precisa de alimento forte, baseado em amor e romance na medida; troca de energia, para durar mais de que alguns dias e ficar marcado para sempre na minha história.

 

Izângela Feitosa














Comentários

  1. Seu paladar pelas as palavras são de dá inveja a muitos.Seus textos são show e vc escreve com a alma. Só as palavras bastam... É tudo tão real que a caneta se torna não tão necessária....a gente viaja com seus escritos. Parabéns!!! Avante!

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  2. Você descreve com tranquilidade o que e como muitas mulheres se sentem em relação a paixão.
    Considero que se apaixonar por coisas, fatos, momentos, lugares ou pessoas é que dá maior encanto à vida. O sentimento da paixão soa como um foguete que impulsiona pra algo ou alguém. Faz o mundo colorido e a vida mais prazerosa. Gosto de pensar, viver e agir assim. Desapaixonar? Faz parte. Logo depois surge outra paixão.

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  3. Nossa que belas palavras deu até vontade de uma paixão 😍

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  4. Apaixonado por tudo que você escreve. Suas palavras fluem.

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