Nas madrugadas
NAS MADRUGADAS
Vou me ligando em
pontos,
Como um céu de estrelas
Que quanto mais perto
Mais complexo fica
Não sou tão nítida como
achei que fosse
Há sombras no meu céu
de dia
Nuvens escondendo as
luzes
Onde o sol insiste em
revelar.
Talvez por isso não
gosto do frio.
Rejeito o cinza de dias
nublado
Me esqueço...
Aqueço de sonhos azuis,
amarelo e laranja
Sou intensa demais para
pouca cor.
As marcas que carrego
em mim
Estão sempre em
contraponto
De amor e loucura
Os olhos que me veem
Não investigam mais a
minha alma.
Sou só um corpo,
perecível.
Vivendo até o fim
Os sentimentos que
trago em meu coração
Desaparecem nas
madrugadas
Onde se tira a roupa e
se veste de culpa
Medo e vontade de ser
verdadeiramente amada
Quanta ilusão!
Há mais nas palavras
bonitas
Que sabem lançar afetos
No sorriso de encanto
Que habita meu deserto
Na ânsia de um encontro
quase real
No beijo perfeito desse
amor natural
Meu corpo é um sagrado
desejo
Cada canto exala
mistério e segredo
Sou pequena demais
Na imensidão da minha
mente
Que me ensina, insiste
e sente
Será que ainda posso
amar?
Será?
Será que alguém vem me
visitar?
Adentrar em mim e assim
me tocar?
Me fazer vida
Nesse lugar?
Ser por um instante um,
Me fazer relembrar
Sentir de amor, de
prazer viver
Mesmo sem poder ficar.
Izângela Feitosa
Lindo e intenso.
ResponderExcluirTexto intenso assim como você
ResponderExcluirTexto perfeito, intenso, forte e ao mesmo tempo sublime, tocante ...
ResponderExcluirO que fazer na intensidade da madrugada...se entregar de corpo e alma ao amor desafiador e sexualmente penetrante
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