Aquela Chance Boa

 Aquela chance boa.

Sempre fui dada a observação, não é atoa que contar histórias se tornou uma forma peculiar de observação do sentir, do imaginar. Percepções fazem parte de um lado que vem se aprimorando ao longo dos anos e isso tem nuances bem positivas.

Muito embora as minhas ansiedades as vezes me confundam, dou o devido tempo para tais avaliações, o que afinal não precisa ser verdade.

Na real, o que é mesmo a verdade?

É o incomodo que nos faz refletir de forma mais profundas o que somos, e isso não implica, não obriga, a ninguém concordar. As percepções que fazemos sobre nós e sobre outros, diz muito do que sentimos instintivamente, em energia, troca, que podem não corresponder ao sentimento do outro. Essas conjunções de sentidos muitas vezes inimagináveis, não encontram em sumo respostas representativas daqueles que desejamos decifrar.  Pessoas são mistérios presos em suas próprias invenções.

Tenho aprendido muito com os mistérios alheios, especialmente daqueles que quase inconscientemente se assemelham aos desejos que encontro em mim.

Não sei dizer, por tantas vezes eu sinto as pessoas de um jeito especial, e a essas introduzo uma vontade enorme de fazer parte, de um jeito íntimo me deixar ficar. Acontece que o que perpassa a vontade de um, já perdeu o controle, e não pode mais ter domínio...alias nada tem domínio.

Algumas pessoas estão tão machucadas pela vida, que não se dão conta do quanto podem estar se negligenciando do melhor. É uma sabotagem cruel que nos fazemos. E como sei disso? Porque luto contra isso diariamente.

A permissão que um dia me dei, levou-me a essa confusão. Deposta de minha real beleza, não conseguia enxergar em mim o que alguém pudesse compreender. Se diminuir parecia tão mais fácil! Aceitar qualquer quase, não levar em consideração, ser presente em apenas um minuto, e depois encarrar o vazio... sentir-se só, mesmo em meio à multidão.

Busquei culpados, até me encontrar. Foi no auge da minha lamuria, de só reclamar que me afundei no meu pior. Fechei as portas sem saber, perdi meu tempo com motivos que não me interessam. Porque o mal que alguém te faz, é dele... você não faz parte disso.

Qualquer quase amor me assustava, eu queria me permitir, mas não conseguia. Estava sempre repetindo os mesmos passos. Insistindo em permanecer em lugares que não me cabiam, ou nunca foram meus. Tive que encarrar as ausências que me causei, até me ocupar em todos os espaços. Fazendo das coisas que mais amo o lugar ideal para estar. Foi quando o amor (próprio) me abraçou, que me senti completo.

É desse abraço que preciso todos os dias, para escrever meus textos, dançar de olhos fechados, minhas danças sensuais, ao som de Elimar Santos (que coisa mais brega! Kkkkk), sem temer reprovação. Com uma garrafa de vinho a minha disposição, entre quatro paredes, no meu lugar. Ocupada com a melhor pessoa que conheci nos últimos tempos... EU MESMA! E que mulher eu sou! PQP!!!

Gosto das nossas conversas, das oportunidades que me dou ao silencio e até aos meus barulhos, em pensamentos. A gente conversa...muito!! Diverge, tenta entrar em consenso, e até briga!

Você pode não acreditar, mas me dou cada conselho ótimo! Kkkkkk

As vezes não os sigo, mas depois não me digo que não me avisei.

Quem me conhece sabe o quanto eu gosto de uma boa conversa, de contar boas histórias, de ser agradável e gentil. De tocar mais do que corpos, eu gosto de tocar almas... profundamente! Assim ser inesquecível!

Essa leveza da superação pessoal, de quem soube encarrar a dor de frente, sem adormecê-la com remédios, de cabeça erguida, tirando da própria vida a vontade de vive-la muito mais. (Como eu quero vive-la! De preferência o melhor!)

Eu sei que eu sou um privilégio, e é assim que me trato...incansavelmente todos os dias.

Eu sou aquela chance boa, que a vida não me dará duas vezes!

Não importa se o que ofereço a alguém não encontrou o caminho desejado, pois a minha direção foi clara, e sempre será, porque sou isso!!

Se o outro não soube encontrá-la, paciência! As vezes as pessoas só estão vivendo a sua própria história em seus devidos tempos. Ninguém tem autoridade para desrespeitá-los.

Os processos que vivemos são individuais e só cabe a cada um a decisão de viver presos a eles ou seguir em frente rumo a felicidade.

Eu não tenho a necessidade do amor, eu simplesmente o desejo...muito. Porque tenho muito a oferecer; porque não conheci ainda nesse mundo nada melhor a experimentar. Porque é no encanto do acaso que as oportunidades de sermos felizes nos encontram, mesmo que por um instante, um dia, numa tarde animada com os amigos, sem pretensão, ao som de axé e com gosto de caipirinha.

A vida já é dura demais, para não sermos leves...de alma...de sons... de vida!! O agora só precisa do teu sim, para te fazer feliz como nunca!

Viva!!

 

Izângela Feitosa








Comentários

  1. Não a sensação melhor do que se encontrar dentro das palavras e de textos tão maravilhosos que conseguem refletir um pouco daquilo que somos.😍

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  2. Poxa como foi bacana te ler de novo...Você é voz de muitas e para muitas

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