A tempestade

Por trás do sorriso a lágrima se esconde.
Deixa encoberto as dores de uma alma inquieta, que não consegue gritar o que meu peito carrega.
São dias, noites... fins de tarde intermináveis!
Aos sons de músicas que não atravessam a voz. Sons que conflitam em nós.
Preciso romper esse silêncio. Preciso encontrar meu lugar no mundo. Encontrar uma razão pra viver.
Desde que a tempestade chegou, o sol tem sido raro aqui dentro de mim. Esse calor que me falta é saudade.
O que não posso mudar me consome.
Lugares, pessoas, motivos, tudo é vazio e solitário demais.
Cultivo em mim um vale de incertezas.
A vida que eu tenho é bela?
De todas as cores se tornou amarela.
Desbota... Me aperta em agonia, súplica por solução.
Minha fé está em dúvida. Não encontro explicação.
O escuro frio do meu lugar não me deixa pensar no que ainda posso viver.
Agora eu queria dormir... até isso tudo passar!
Quando a noite for embora me acorde. Quem sabe a luz do dia me renove, me faça perceber quem sou eu, nesse indefeso caminho onde a vida nos prova um pouco de nós a cada dia. Nos consumindo agora de maneira grosseira, sem permitir saborear, o que de mais bonito foi nos dado, à vontade de saber amar.

Izângela Feitosa

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