Verões



Eu tive que renascer. (Não me deram opções...)
Com toda a dor mesmo sem querer.
Como se fosse pele que se renova depois de um verão intenso. Desses que o sol pinta  bem mais do que a beleza da cor.
Desses que ardem com intensidade queimando de fora pra dentro.
Mas levou consigo partes de mim.
Me mudando aos pedaços, pequenos, bem finos, quase invisíveis, mas muito profundo.
Depois de toda descamação, me fiz nova, viçosa, lindamente renovada.
Firme, rica em marcas capazes de contar tantas histórias.
Pronta para outros verões.

Izângela Feitosa


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