MATEMÁTICA
Alguém já te perguntou o que
desejas da vida? Bem, minha resposta é simples. Ser feliz!
O engraçado é que como se
chega a esse objetivo, ninguém sabe ao certo. Porque a felicidade ela também é
feita das infelicidades. Daquilo que te ensina, que te faz chorar, te faz
sofre, te faz crescer. Daquilo que um
dia foi à coisa mais importante na sua vida e que hoje não faz o menor sentido.
Porque a vida é mutável, inconstante, cheia de altos e baixos. Caminhos
complexos de ilusões e desilusões. E por
alguma razão, até então desconhecida, durante essa caminhada vamos nos
construindo e nos desconstruindo.
Eu gostava tanto de ser
criança que nem fiz muita questão de crescer. E me lembro de como isso me fez
infeliz por tantos anos (Eu desejava muito ser alta!) Sentia-me tão feia, aquela coisinha pequenina
no meio da turma, que todos achavam que estava no lugar errado, sempre tendo
que responder as perguntas sobre a minha idade e o meu tamanho. Não sei se por
isso ou pelo fato de ter tantos questionamentos comigo mesma, fui uma
adolescente bem reservada, com poucos amigos. Me escondia em roupas, em
lugares, em atitudes, em sentimentos. Mantendo sempre uma relação estranha,
intima, fechada, retardando a todo custo o fato de crescer realmente, (por
dentro) de enfrentar a vida. Mas a vida não quer saber, ela te empurra pra
frente mesmo que você não queira, não há opção de desistir, é precisa seguir em
frente; quando me dei conta já era mulher feita.
Sempre buscando a felicidade,
eu fiz minhas escolhas. Algumas certas, outras erradas, mas que me fizeram
chegar aqui onde estou agora, nesse processo de reconhecimento da minha
fragilidade e que agora já madura, tenho a oportunidade de poder me
reconstruir.
Há mais do que um corpo que
não é perfeito, mais do que uma pessoa que não cresceu tanto, ou que já passou
dos 30 anos. Há uma mulher que soube aprender com a dor, tirando proveito de
cada lagrima chorada, em busca da felicidade. Que ela sabe que não reside em
bens, ou no ter; não habita na beleza, não faz desaparecer problemas, não é
solução pra tudo. Porque esse tipo de alegria só existe naquele que nos deu a
vida e que morreu por nós, e que nunca nos abandona. Deus!
Hoje a felicidade mora no
melhor desses dois mundos, que pode ser dosado em equilíbrio, com amor e afeto
nas coisas que tive que aprender com a infelicidade.
Ela tem uma receita simples,
pura matemática:
Somar amigos, e nisso incluir
a família; diminuir frustrações e não se cobrar tanto; evitar as sobrecargas
emocionais; ser resilênte, tirando do pior o melhor que puder. Multiplicar amor
para todos aqueles que por algum motivo fazem parte do teu caminho, seja quem
for! Dividir com todos que amamos nossas alegrias e também nossas tristezas. Dividir
dores é um meio de viver mais leve, consciente de que não está sozinho.
Essa matemática pode mudar
muita coisa em nossas vidas, mas o fundamental é não alimentar tantas
expectativas, ter no coração sentimentos bons, deixar que a vida siga o caminho
que tiver que trilhar, somando, amar+ amar.
Izangela Feitosa
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