O PODER DA MÚSICA



O PODER DA MÚSICA

 

 

Engraçado o poder que a música tem na história de vida da gente. Estava eu navegando na internet quando me deparei com um trecho de uma música postado por uma amiga; musica essa que há muito tempo eu não escutava, e ao me deparar com aquela lembrança me veio imediatamente o tamanho da força que essa música tem, não só na minha vida, mas acredito que em muitas outras que assim como eu viveram tempos de músicas para pensar. Letras que traduziam muito mais do que lalalas, ou hehehe, mas que contavam profundamente sentimentos de uma verdade vivida naquele momento.

Assumo... Sou do tempo em que os poetas se encantavam com as adversidades vividas, e conseguiam traduzir em melancolia melódica toda aquela loucura de identificação com o ser que naquele momento precisava ficar escondido. Fui privilegiada em viver uma época de compositores que sabiam traduzir suas dores. E aqui faço minha exaltação a alguns dos meus preferidos: Renato Russo e Cazuza. Tanto em comum e tanto adverso. Não sei por que, mas sempre me identifiquei com suas músicas e poesias. Sentimentos guardados dentro de seres que não só entendiam o amor como também já sabiam que esse, o amor, não está alojado em um corpo feito de determinados modelos definidos por padrões escolhidos, sei lá por quem, para ditar como certo. O amor está na alma daquele que consegue transcender não se sabe como, tudo aquilo que por razão não se pode definir. O amor não escolhe desenhos, destinos predeterminados. O amor escolhe o incerto pra te provar que a partir dali tu podes ser algo melhor do que tu acreditavas ser. Esse era o amor cantado por esses dois poetas que além da sexualidade e talento tinham toda uma loucura desprendida de padrões.

Eles souberam deixar suas marcas de forma forte e nada sutil, de como deve ser difícil lutar contra as regras preestabelecidas por uma sociedade que cultiva o ódio e o preconceito, aqueles que não estão dentro do “desejado”.

Desejado por quem mesmo? 

 Porque eles melhor do que ninguém foram capazes de fazer de seus desejos razões suficientes para enfrentar o mundo, usando suas letras, e suas poesias como arma de criação de um culto amoroso do que vale a pena viver. O amor!

Cada vez que leio ou ouço suas músicas, elas me tocam e me fazem questionar com empatia o porquê daquelas dores. Quase posso sentir o abafar de seus suspiros, clamando por um pouco mais de carinhos daqueles que mesmo os amando não foram capazes de se desfazer das carapuças do preconceito.

Difícil! E quanto tempo já passou, e ainda vivemos tempos de desrespeito e dor, por razões que não cabe a nenhum de nós questionarmos. O amor é o amor... E pronto! E essa é a mensagem que as músicas me trazem.

 Eu canto e sinto. Sinto cada dor, cada soluço de pesar, cada querer sonhar, cada súplica de vida que eles como poucos souberam viver. Suas músicas são e serão sempre hinos lembrados e usados para encorajar mais e mais pessoas a viverem o amor impossível que eles tiveram coragem de enfrentar, mesmo custando suas vidas.

Dor, doença, dúvidas, culpas... Tudo isso trouxe a eles a redenção em forma de música. Porque Deus os amava tanto quanto ama a mim e você. Nem mais nem menos. Nada nos defere.

Sempre que os ouço eu paro pra pensar...

“É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã”.

“Eu preciso dizer que te amo...tanto”.

Eles diziam tanto e não foram ouvidos, como se deveria. E hoje temos outros também vivendo situações tão iguais e épocas bem mais diferentes, mas tão importante de ter como marca maior esse amor que ficou e ficará nas músicas que acalmam a alma e encorajem a viver o amor sem medo.


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A BUNDA

ValorIza

CORPO PARA UM BIQUINÍ