UMA CONVERSA SOBRE A FELICIDADE






UMA CONVERSA SOBRE A FELICIDADE

 

 

 

Numa boa conversa pode-se perceber tanto de si mesmo, e às vezes nem nos damos conta de tal exploração interior.

Outro dia conversando com um colega e abrindo o meu coração (coisa que costumeiramente o faço, pois gosto de sinceridade, principalmente comigo mesma), comentei sobreo os medos que me rondam talvez por conta das muitas feridas que inevitavelmente a vida me trouxe. Feridas essas que sou orgulhosa de ter, mas que por sua vez ainda teimam em sangrar, vez por outra, deixando-me cometer atos contra mim mesmos, impensados e contrários ao que eu de verdade desejo.

Bom, e o que eu desejo? Pergunta pertinente... De um modo geral, desejo o que a maioria das pessoas deseja; uma felicidade compartilhada, com certa segurança financeira e uma pitada de tudo de bom que a vida pode oferecer. Difícil. Mas não impossível.

Trazendo pra realidade são coisas comuns que a vida espera de nós e que nós esperamos da vida. Quem não quer uma vida tranquila, sem o sufoco das contas atrasadas e alguém pra dividir uma felicidade desenhada por cada um. Sim, porque a felicidade é desenhada individualmente, o que para uns pode ser a realização para outros não. Para mim nesse caso o dinheiro seria um coadjuvante bem-vindo, mas não o dono dessa questão. Riqueza de fato não faz meu tipo de felicidade.

Mas voltando ao fato de abrir meu coração. Essa conversa com o colega fez-me perceber que às vezes a gente sabota as oportunidades de encontrar a felicidade que desejamos. Colocando a nossa frente obstáculos invisíveis de não permissão para tal objetivo. Os chamados Se’s. Pensar demais em possibilidades que não temos como certeza, pode nos fazer perder o momento, a vontade, a ordem das coisas boas que a vida nos apresenta. Da mesma forma que permitimos ser envolvidos por sentimentos bons, também temos o poder de abrir a porta e ser habitado por sentimentos ruins. Tudo é uma questão de se permitir. Assim as coisas começam e terminam dentro de nós, a partir do que nos permitimos. Os mesmos sentimentos que nos aprisiona podem também ser libertadores. Escolher onde começa e termina a dor, faz toda diferença na nossa caminhada de vida. Eu não estou dizendo que você simplesmente vai dizer a si mesma; pronto agora eu não vou mais sofrer e assim como um passe de mágica tudo vai passar. Não. Porque não passa mesmo, assim. Estou dizendo que temos o poder de sofrer conscientemente; de que as dores são inevitáveis, mas que optar por seguir sem medo delas é permitir a cura com mais sabedoria. Aproveitando o máximo de lição que aquele momento pode nos trazer. Em tudo há um aprender. Liberte-se! Deixe sua alma livre pra receber e perceber que há muito mais maravilhas nessa vida do que as muitas batalhas já vividas. Uma hora as coisas dão certo!

Ah, só pra terminar... A felicidade é algo abstrato e não perene. Nós só a buscamos incansavelmente porque por natureza não conseguimos, tê-la, vê-la, percebê-la constantemente.

 

Izângela Feitosa


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