O Acaso



O ACASO

 

 

 

Estamos ligados a todas as pessoas que porventura passam por nossas vidas. De certa forma o acaso nos liga, desde ventre, a quem nos gera, até as pessoas que seguirão conosco ao sepultamento, deixando ainda a marca contada dos dias de nossas histórias. Sejam de sangue ou de amor, nossas marcas serão lembradas em alguém por cada razão única e especial de sermos quem somos.

O acaso uniu-me várias vezes, assim como me separou sem explicação de pessoas, lugares e situações que jamais pensei ter ou não ter mais em minha vida. Um vem e vai que aprendemos a lidar desde pequenos, que nos ensina a escolher entre seguir ou desistir, que nos molda ao passar dos anos, nos fazendo entender que é necessário o acaso para bem viver.

Deixar para trás, não é desistir. É encontrar no acaso razão poderosa de seguir em busca do novo, do melhor, apostando alto no que desejo e no que posso conseguir.

O acaso apresentou-me a mim. Fez-me perceber que toda força que eu precisava, sempre esteve aqui, tão dentro de mim. Ensinou-me a deixar meus olhos voltados para dentro, mesmo olhando o mundo novo lá fora. Percebendo onde o acaso pode ser poderoso alvo de valor gerador de quem você quer ser.

Memorias, encontros, desencontros, dor, saudade, vida, afetos e amores. Uma corrente firme que em alguns pontos quebra-se, mas que se unem a tantas outras possibilidades de querer seguir e de encontrar respostas para as perguntas que todos nós já fazemos. Por quê? Pra que? Nossa existência é um mistério cheio de possibilidades e escolhas de certo e errado que nos faz pensar e repensar meios de nos fazer chegar ao amor. Sim! Porque todo mundo deseja ser amado. Mesmo aqueles que dizem o contrário, encontram um dia alguma razão para provar desse manjar exclusivo que brota dos corações daqueles que se contaminam em sentir a mais perfeita forma de prazer. O amor assim como tantos sentimentos é único; não pede permissão para brotar. Eu diria que ele é o acaso do sentir que vai acontecendo em meio à turbulência de ser. Forte, denso, singular e presente em lugares e pessoas que em razão não escolheríamos escolher. Tão imperfeito e genial; Tão desejado e renegado; Tão vital e indispensável. Tão único e singular. Tão meu...

 

Izângela Feitosa

 



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